Plataformas como infraestrutura. O uso da abordagem infraestrutural para estudar dois tipos de plataformas não digitais
##plugins.themes.bootstrap3.article.main##
Resumo
Este artigo explora o conceito de plataforma a partir de uma abordagem infraestrutural, focando em seu papel na configuração e regulação das atividades que ela possibilita. Os resultados apresentados referem-se a dois tipos de plataformas não digitais: primeiro, a Plataforma Cenários Energéticos, uma plataforma participativa que serve para formular projeções de futuro de uma visão da matriz energética e de sua possível trajetória futura; em segundo lugar, quatro plataformas instrumentais em nanotecnologia, que permitem o acesso compartilhado e a utilização de uma variedade de equipamentos e instrumentos para a pesquisa e transferência de tecnologia nessa área. Consideramos sucessivamente os dois tipos de plataformas e os analisamos aplicando três dos princípios da abordagem infraestrutural proposta por Susan Leigh Star e Karen Ruhleder (2010). A abordagem infraestrutural adotada permite, em particular, analisar o processo de coprodução entre as dimensões técnicas e políticas das plataformas estudadas, sublinhar o peso de suas inércias materiais e institucionais e mostrar os ajustamentos organizacionais à medida que vão ocorrendo, restituindo as incertezas e tentativas que acarretam.
Downloads
##plugins.generic.paperbuzz.metrics##
##plugins.themes.bootstrap3.article.details##

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0.
Os autores detêm os direitos autorais e concedem ao periódico o direito de ser a primeira publicação do trabalho, bem como licenciando-o sob uma Creative Commons Attribution License que permite que terceiros compartilhem o trabalho com um reconhecimento da autoria do trabalho e inicial da publicação nesta revista. Todo o conteúdo é publicado sob a licença internacional Creative Commons 4.0: Atribuição-Não-Comercial-Compartilhamento pela mesma.
Referências
Aggeri F., Le Masson P., Branciard A., Paradeise C. y Peerbaye A. (2007). Les plates-formes technologiques dans les sciences de la vie. Politiques publiques, organisations et performances. Revue d'économie industrielle, 120, 21-40. DOI: https://doi.org/10.4000/rei.2413
Alvarez-Gayou Jurgenson J. L. (2003). Cómo hacer investigación cualitativa. Fundamentos y metodología. Buenos Aires: Editorial Paidós.
Apperley, Tom, and Jussi Parikka. 2018. Platform Studies’ Epistemic Threshold. Games and Culture 13, no. 4: 349–369. DOI: https://doi.org/10.1177/1555412015616509
Bowker G. C. (1994). Science on the Run: Information Management and Industrial Geophysics at Schlumberger, 1920-1940. Cambridge, MA: MIT Press.
Dagiral E. y Peerbaye A. (2012). Les mains dans les bases de données : connaître et faire reconnaître le travail invisible. Revue d'anthropologie des connaissances, 6 (1), 191-216. DOI: https://doi.org/10.3917/rac.015.0229
Denis J. y Pontille D. (2012). Travailleurs de l’écrit, matières de l’information. Revue d'anthropologie des connaissances, 6 (1), 1-20. DOI: https://doi.org/10.3917/rac.015.0001
Gillespie, Tarleton (2010). The Politics of 'Platforms'. New Media & Society 12 (3): 347–364. DOI: https://doi.org/10.1177/1461444809342738
Heaton L. y Millerand F. (2013). La mise en base de données de matériaux de recherche en botanique et en écologie. Revue d'anthropologie des connaissances, 2013/4 (Vol. 7, n° 4), 885-913. DOI: https://doi.org/10.3917/rac.021.0885
Hubert M. (2015). Entre mutualisation des infrastructures et diversité des usages. Le travail de mise en plateforme dans les micro- et nanotechnologies, Revue d’anthropologie des connaissances, vol. 9, n°4, p. 467-486. URL : http://www.cairn.info/revue-anthropologie-des-connaissances-2015-4-page-467.htm DOI: https://doi.org/10.3917/rac.029.0467
Keating P. y Cambrosio A. (2003). Biomedical platforms: realigning the normal and the pathological in late-twentieth-century medicine. Cambridge, MA: MIT Press. DOI: https://doi.org/10.7551/mitpress/1622.001.0001
Langley, P. y Leyshon, A. (2017). “Platform capitalism: The intermediation and capitalisation of digital economic circulation”, Finance and society, 3, (1), pp. 11-31. DOI: https://doi.org/10.2218/finsoc.v3i1.1936
Merz M. y Biniok P. (2010). How Technological Platforms Reconfigure Science-Industry Relations: The Case of Micro- and Nanotechnology. Minerva, 48, 105–124. DOI: https://doi.org/10.1007/s11024-010-9146-y
Millerand F. (2015). Infrastructure sociotechnique, in Prud’homme J., Doray P. et Bouchard F. (dir.). Sciences, technologies et sociétés de A à Z. Montréal : Les Presses de l’université de Montréal, 126-129. DOI: https://doi.org/10.4000/books.pum.4319
OECD (2019). An Introduction to Online Platforms and Their Role in the Digital Transformation. Paris, OECD Publishing. DOI: https://doi.org/10.1787/53e5f593-en
Peerbaye A. (2005). Compétition, coordination et effets de savoir. La génomique entre recherche académique et recherche industrielle. Sciences de la société, 66, 111-130.
Peerbaye A. y Mangematin M. (2005). Sharing research facilities: towards a new mode of technology transfer. Innovation: Management Practice and Policy, 7, 1, 23-38. DOI: https://doi.org/10.5172/impp.2005.7.1.23
Robinson D., Rip A. y Mangematin V. (2007). Technological agglomeration and the emergence of clusters and networks in nanotechnology. Research Policy, 36 (6), 871-879. DOI: https://doi.org/10.1016/j.respol.2007.02.003
Schmidt, F. A. (2017). Digital labour markets in the platform economy. Mapping the Political Challenges of Crowd Work and Gig Work. Bonn, Friedrich-Ebert Stiftung.
Scholz, T. (2016). Platform cooperativism. Challenging the corporate sharing economy, New York, Rosa Luxemburg Foundation.
Srnicek, N. (2017). Platform capitalism, Londres, John Wiley & Sons.
Star S. L. y Ruhleder K. (2010). Vers une écologie de l’infrastructure. Conception et accès aux grands espaces d’information. Revue d’anthropologie des connaissances, 4 (1), 114-161. DOI: https://doi.org/10.3917/rac.009.0114
Vinck D. (2009). De l’objet intermédiaire à l’objet-frontière. Vers la prise en compte du travail d’équipement. Revue d’anthropologie des connaissances, 3 (1), 51-72. DOI: https://doi.org/10.3917/rac.006.0051
Vinck D. (2013). Pour une réflexion sur les infrastructures de recherche en sciences sociales. Revue d’anthropologie des connaissances, 7 (4), 993-1001. DOI: https://doi.org/10.3917/rac.021.0993
Zukerfeld, M. y Yansen, G. (2022). Plataformas. Una introducción: la cosa, el caos, humanos y flujos. Redes. Revista De Estudios Sociales De La Ciencia Y La Tecnología, 27(53). https://doi.org/10.48160/18517072re53.167 DOI: https://doi.org/10.48160/18517072re53.167