Resumo
Neste artigo problematizamos a noção de arraigo (enraizamento), focalizando as mobilidades vivenciadas por jovens que habitam os mundos rurais. A partir dos achados de uma pesquisa com jovens mbya guarani e criollos estudantes do Instituto Intercultural Bilíngue Tajy Poty (Cerro Romero, Gobernador Roca, Misiones), perguntamo-nos sobre o que localmente se conhece como hallarse em um lugar. Trata-se de uma categoria nativa vinculada a identificações com o território configuradas a partir de tradições de conhecimento disponíveis, expressas em modos corporificados e virtuais de habitar as chácaras, as comunidades indígenas, a colônia, a escola e os interstícios entre esses espaços.
Os dados foram construídos no marco de dois projetos colaborativos realizados com a escola e de pesquisas antropológicas em diferentes contextos rurais das regiões nordeste e central da Argentina, referentes às experiências formativas juvenis. Realizamos entrevistas e observações etnográficas na escola, nas comunidades e nas colônias, além de oficinas de cartografia e teatro comunitário, uma visita educativa e percursos por caminhos com os jovens.

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